sábado, 10 de dezembro de 2011

ANJO MEU



Sempre te senti e pressenti ao meu redor, anjo.
Quando tinha seis anos e estive a morrer, e só Deus saberá porque sobrevivi, tu estavas lá, anjo meu.
Quando aos dezoito anos tive aquele acidente terrivel, inexplicavel, em que sofri duas cirurgias e mais uma vez estive quase a morrer, tu estavas lá, anjo meu. Sobrevivi, desfigurada na beleza doirada e azul da minha juventude, e tu estas lá, anjo meu.
Muitas coisas, entre belas e tragicas, foram acontecendo comigo, e tu sempre estiveste, e estás comigo, anjo meu.
Não sei o teu nome. Ouço ás vezes o som da tua voz eterea, quando me aproximo do sono e dos sonhos. Sinto as tuas asas pratedas beirarem-se de mim, nas madrugadas nascentes.
Sinto o teu abraço e o teu aconchego, nas noites longas em que ás vezes quase adormeço a chorar. Sinto a tua presença esperançosa nos dias em que me levanto, invencivel, para doar amor.
Sei-te comigo, anjo meu, sempre. Foste tu que me ajudaste a ter a sabedoria e a serenidade quando tudo ao meu redor desmoronava. Foste tu que me ensinaste que não existia morte, mas apenas vida transformada. Foste tu que me gritaste para confiar, quando a minha fé nos humanos se havia desvanecido.
Anjo meu: és um abraço materno e patermo. És amor, em estado puro e essência, e eu estou-te infinitamente GRATA.

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