domingo, 12 de fevereiro de 2012

Poema Homenagem á Ana Paula



Tudo o que fica
Depois de tudo o que finge acabar,
É o Amor!
Porque o Amor redime
E liberta.
Tudo o resto aprisiona
E sufoca!

Ambas sabiamos
Que a vida não pode asfixiar.
Necesitamos de respirar
Livremente,
Porque somos água,
Somos pedras,
Somos flores silvestres
Colhidas por mãos ingenuas.
Somos corpo e vida
Somos mortais e efemeras.
Somos cinzas dançando na brisa
Da derradeira paisagem que nos recebe.
Somos o mar que amamos
De mãos dádas
Em tempos imortais.
Somos a lua
Que aguarda pelo nosso despertar.
Somos areia,
Paisagem vasta,
Entardecer doirado,
Infinita plenitude.
Somos sonhos e realidades,
Somos tempo,
Principio e fim,
Somos pedaços de eternidade.

(Homenagem á Ana Paula Andrade, querida amiga, desencarnada a 31 de Janeiro, cujas cinzas se fundiram com o mar e a Serra da Arrábida, que ela tanto amava.)

Saudades, minha querida!

Teresa Afonso
Arrábida, 5 de Fevereiro de 2012

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