domingo, 25 de março de 2012

PENSAMENTOS SOLTOS AO VENTO

Esta manhã fui navegar. Aliás, fui velejar, já que o barco era um veleiro.
Madeiras nobres e já desgastadas pela erosão do sol e do sal, resgatadas pelo carinho de um novo mestre.
Marinheiros quase irreais a bordo, qual fantasias de contos literários, mas reais. O veleiro conta já mais de cem anos, o capitão não, claro!!! E o barco está recuperado, deixemo-nos de fantasias.
Tudo o que nos movia era o encontro com os golfinhos. Tivemos sorte, ou benesse, ou dádiva, porque o encontro realmente aconteceu. E comoveu-me, como só os encontrros sagrados comovem.
Apos duas horas de neblina e águas quase demasidos serenas, eles emergiram, inesperados, em toda a sua graça e esplendor e leveza, graciosidade inexplicável, porque só vendo.
Sobre os golfinhos que habitam o Rio Sado, em Setúbal, escreverei e ilustrarei, com fotografias, um texto próximo, pois a minha máquina fotografica avariou e aguardo dos meus amigos de viagem a partilha de fotos, para ilustrar as minhas palavras, tão modestas e simples perante o lindo esplendor que hoje tive a benesse de viver.
Sei que renasço um pouco todos os dias, após um longo inverno. Mas hoje foi algo de especial, a minha alma e o meu coração levitaram, por via do encontro encantado com os golfinhos.

Teresa afonso

(Rio  Sado e Oceano Atlantico, a bordo do veleiro Galeao do Sal, dia 25 de Março de 2012)
Direitos de autor reservados

Nenhum comentário:

Postar um comentário